Arte Amazônica dos últimos quatro séculos em debate no Sesc

Fazer um apanhado histórico e cultural da arte amazônica nos últimos quatro séculos, desde as missões francesas até a contemporaneidade, é o objetivo da aula-debate “Arte e imagem na Amazônia: o debate e a história global (séculos XVII-XX)", do projeto Máquinas para Filosofar do Serviço Social do Comércio (Sesc), que será ministrado por Aldrin Moura de Figueiredo, nos dias 12 e 13/09, das 17h30 às 21h, e dia 14/09, a partir das 09h, no Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso. As inscrições já estão abertas e vão até o dia 10/09.

A aula será desenvolvida em módulos por meio de aulas/debates e pretende, nesse primeiro momento, estabelecer ao mesmo tempo um panorama sobre os movimentos artísticos na Amazônia nos últimos quatro séculos, evidenciando algumas chaves de leitura – das aproximações sobre a “arte indígena” antes e depois do contato dos europeus até suas reinterpretações em projetos de uma arte nacional/brasileira por figuras como Theodoro Braga, Manoel Santiago, Vicente do Rego Monteiro ou Manoel Pastana.

Os participantes irão refletir sobre o “enquadramento” da Amazônia nas chamadas “escolas” artísticas – do barroco colonial, do neoclássico pombalino, ecletismo oitocentista e nas frentes do modernismo, com atenção para o valor da arte missionária de Carmelitas, Mercedários, Jesuítas e Franciscanos. Enfatizando a importância da arquitetura de Antonio José Landi, dos panoramas cartográficos de Johann Schwebel, Filipe Sturm, Garpar Gronsfeld, Alexandre Rodrigues Ferreira e José Maria Codina, da vasta gravura francesa de Victor Danvin, Pierre Vignal, Edouard Riou, François Biard.

Também será abordado a literatura de viagem, o círculos tipográficos em torno Karl Wiegandt, a cenografia e a pintura de Giuseppe Leone Righini e o amplo contato artístico com a Itália, em especial na pintura e na escultura com os círculos de Gênova e da Academia San Luca em Roma, com destaque para as obras de Michelle Sansebastiano e Domenico de Angelis e o papel da Igreja Católica.

Outro ponto de destaque na aula-debate será sobre as controvérsias sobre o mito da belle-époque franco-amazônica e o contato com os artistas locais – David Widhopff, Maurice Blaise e Carlos Custódio de Azevedo e Theodoro Braga. Assim como, o choque da fotografia e o limiar de uma visualidade amazônica – de Felipe Fidanza, José Thomaz Sabino, Georges Gusdorf a Miguel Chikaoka e Luiz Braga.

Aldrin também falara sobre os rostos cabanos e os cruzamentos entre pintura e fotografia: de Carvalho Lobato, Alfredo Norfini, Antonieta Feio à Eder Oliveira. O desenho vernacular na “arte contemporânea” – o campo da visualidade amazônica, também será questão de pauta na aula. Assim como, um olhar e debate especial à cidade e o seu cartão-postal: a pintura brasileira e a representação do Ver-o-Peso.

As inscrições são presenciais e custam para o trabalhador do comércio e/ou dependente R$ 6,00. Para o público em geral as inscrições são R$ 32,00. Estudantes e conveniados pagam R$ 21,00.

SERVIÇO:

Projeto Máquinas para Filosofar

Aula Debate: "Arte e imagem na Amazônia: o debate e a história global (séculos XVII-XX) " , com Aldrin Moura de Figueiredo

Dias: 12, 13 e 14/09/2019

Horário: 17h30 às 21h (dias 12 e 13/09)

9h (dia 14/09)

Inscrições abertas até dia 10/09/2019

Investimento:

Trabalhador do comércio/dependente: R$ 6,00

Estudantes/Conveniado: R$ 21,00

Público em geral: R$ 32,00

Local: Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso (Boulevard Castilho França, 522/523)